Suzuki Swift

Girar a cabeça para vê-lo passar é quase como um gesto automático, assim que víamos o Suzuki Swift Gti 16v. Desenhado e construindo pelos japoneses é era de certa forma algo diferente dos modelos europeus da época. O seu preço podia ser "puxado" mesmo para o carro que era, mas a Suzuki oferecia-nos algo... Exclusividade

Um olhar rápido poderá pensar que é igual a muitos outros mas um olhar mais demorado dirá que nos encontrávamos perante um dos carros mais originais do mercado português. A principio parece muito pequeno mas é maior que fiat Uno por exemplo. A suas linhas pensadas na aerodinâmica conferem-lhe um aspecto agressivo, o índice aerodinâmico era apenas 0,23 apenas.

No interior os detalhes do acabamento conferem a sua origem. Os comandos têm um tacto suave, própria dos modelos japoneses. O volante era regulável em altura e os bancos ofereciam um excelente apoio lateral. A posição de condução não poderia ser melhor, a menos que você meça mais de 1,80cm.
Os bancos de trás oferecem bastante espaço para as pernas dos passageiros, claro que não é uma berlinda mas para um carro de duas portas é óptimo. A mala oferece pouco espaço, sendo talvez este o principal defeito do Swift gti. Sendo que a sua linha original limita um pouco a traseira.

Mesmo antes de dar á chave percebemos  que não estamos diante de um carro "normal". Começando pelo painel de instrumentos - mas só marca 220km/h! Ok , até ai nada de novo, muitos carros ditos não desportivos também marcam. Mas se reparar-mos bem, o conta rotações vai até 8.000rpm, qualquer coisa não é ?
E já para não falar que sobe rotações com uma estrema facilidade. Sendo que a capacidade de resposta é espectacular, e as 16 válvulas? - bem as 16v, fazem com que este pequeno motor de apenas 1.298cc corte ás 7000rpm, fazendo com que tenha desempenho excepcional em rotações mais altas. O mesmo não acontece em carros com menos válvulas, pois esses ás 5000rpm...nada!!
 Com os cabos de velas vermelhos alinhados na cabeça do motor, estava estampado “Suzuki 1300″ e “Twin Cam 16”

Apenas o aproveitamento da caixa poderia ser melhor, porque quando íamos a 140km/h o conta rotações marcava 5000rpm com uma sonoridade muito alta dentro do habitáculo.
Mas todos estes inconvenientes se tornam vantagens ao fazer traçados mais sinuosos. A grande elasticidade da mecânica fazem com que as ultrapassagens sejam seguras.

O manejo da manete de velocidades é muito bom, suave e rápido, convidando a uma condução mais desportiva.

Os pedais foram também pensados para fazer a técnica ponta tacão. Quase sem darmos conta a velocidade vai subindo rapidamente, e nem queremos acreditar que estamos perante um motor tão pequeno.

As curvas fazem-se com boa segurança, também graças á sua direcção suave e directa, mesmo não sendo assistida.
 A suspensão é algo dura prejudicando o conforto. Parece que vamos sobre carris em cada curva, perde um pouco de tracção apenas em quando se acelera com o carro apoiado em piso molhado.
Os consumos são excelentes, uma média de 7 litros, apenas chegava aos 10 assim que se passava para lá dos limites. Uma particularidade é que o deposito é pequeno, levava apenas 33 litros.

Mas uma das maiores virtudes deste carro, são os travões, mesmo para algo que pesa 800kg apenas, contém quatro discos de generoso tamanho, sendo que os da frente são ventilados. A resistência ás subidas de temperaturas era excelente, mesmo em condução extremamente desportiva, nunca aquecia, o que acontecia com outros pequenos desportivos da época.
A sua perfomance era:  0 a 100 km/h: (8,3s),
A velocidade máxima 200km/h

O motor era ruidoso quando mesmo de vidros fechados.Mas era mesmo assim, era um á moda antiga, cru e selvagem.
Trata-se de um óptimo modelo, que dava um gosto enorme conduzi-lo. E ninguém diria que tinha apenas 100cv de potencia pois o seu “coração” era enorme. A própria Volkswagen admitiu que era muito idêntico ao (Golf Mk1 Gti).
Motor de 1.3 Litros twincam fazia dele o carro ideal para as as curvas.

José Ramon
Autopista
Tradução: Ricardo Ramos


Novo Shift
Mais tarde a marca lançou no mercado o novo Swift. O conceito era o mesmo da versão anterior; experiência desportiva.
O novo Swift Sport tinha o mesmo DNA que o seu antecessor, mas com mais desenvolvimento refinado,focado na qualidade. Oferecendo muito equipamento de série, tinha tudo para ser um sucesso.


O seu motor M16A baseia-se no modelo anterior e agora oferece mais potência combinada com emissões mais baixas. Graças à adição de um sistema de admissão variável, optimização do consumo de VVT ​​(Variable Valve Timing) com uma potência máxima de 136hp e torque máximo 160Nm.

Foi pena que o Shift não tivesse tido no nosso pais o sucesso que teve em outros. Mesmo o segundo modelo, oferecia nivel de qualidade, fiabilidade e desempenho muito bom. É pena que no nosso pais por vezes as pessoas liguem demasiado ao status e optem por marcas de renome, o que impede marcas mais modestas de se apoderarem no que toca aos modelos mais desportivos.

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