O Homem e o automóvel


Toda a gente sabe: nós, homens, adoramos automóveis. Esse amor é tanto que, para alguns gajos, o carro é o único ser a quem conseguem ser fiéis. Eu cá gosto de carros mesmo sem saber articular o motivo.
Carros fazem-nos sentir o máximo. Jovens ou velhos, ricos ou pobres, playboy's estilosos, barbudos, gordos ou magros todos gostam de carros. É a única máquina que define a nossa tribo. E vocês perguntam-me; porquê? Os homens aodram conduzir. Se vocês observarem as famílias de férias, param em restaurantes de estrada, é quase sempre o pai quem está no volante. O mesmo vale para casais de namorados. São os homens que conduzem. Um estudo de uma universidade que não sei agora o nome, descobriu duas razões pelas quais os homens amam a condução: para se afirmarem por meio da tecnologia, e o de estar no controlo do próprio “destino”. Este último motivo pode ser discutível, claro, querem com isto dizer; colocar no controle do destino da viagem ou do passeio.


Tirar a carta de condução é também um marco na vida de um homem. Com isso vem a sua identidade. Um estudo feito em 2003 no Reino Unido observou que, embora homens e mulheres gostem dos benefícios psicos sociais proporcionados pelo automóvel – sentimentos de autonomia, proteção e prestígio – somente os homens obtêm aumentos mensuráveis de autoestima. O estudo também concluiu que o tipo de carro traz benefícios psicológicos aos homens, mas não às mulheres. Ou seja para a maior parte das mulheres um carro é um.... carro!


Na minha opinião: os carros despertam os nossos impulsos, um gajo que possua um Ferrari equivale a um grande cavaleiro de outrora com uma espada enorme, penso que o automóvel tem nos permitido dar vazão aos nossos antigos impulsos de gladiadores. Esta é a grande diferença entre o homem e a mulher. É verdade que as mulheres também conduzem, e algumas muito bem mesmo, mas, tirando exceções como Danica Patrick,estas não costumam expressar agressividade com máquinas de quatro rodas.)
 Mas o que está por trás da tremenda intimidade entre nós e a velocidade, entre homens e carros? Bem, os homens não são simplesmente os donos – temos um relacionamento com o carro. Na minha opinião os automóveis são racionais e finitos. São sistemas ordenados feitos de aço, fogo e eletricidade. Os carros permitem que os homens desliguem o seu hemisfério cerebral direito, normalmente inferior e inconveniente (li isto na net). Não importa se é um rapaz de 20 anos instalando num Golf GTI ou um velhote a ver o motor do seu sempre fiel Mercedes 190D, a verdade é que o verdadeiro amante de automóveis saboreia este processo.

Também já me ia esquecendo que os carros seduzem mulheres. Em 2008, uma seguradora de modelos de luxo britânica divulgou os resultados de um estudo a confirmar isso. Um grupo de 20 homens e 20 mulheres com idades entre 22 e 61 anos foi posto dentro de Lamborghini, Maserati, Ferrari e um pequeno Volkswagen Polo. As mulheres ficavam sexualmente excitadas com o ruído dos carro desportivos de alto desempenho, os roncos dos motores faziam com que soltassem grandes gargalhadas e o resto já se sabe... já com os Polo não era tanto assim, era apenas mais um carro, isto sem tirar mérito ao pequeno grande Polo que não deixa de ser um excelente carro. “Podemos afirmar com segurança que o ronco de um motor de luxo realmente causa uma resposta fisiológica primitiva”, relatou o autor do estudo, David Moxon. Claro que algumas mulheres vão dizer; "há, eu não quero saber do carro." mas a verdade é que quando vêm um gajo novo num ferrari pensam logo; huuuu, Ferrari deve ter um lovely pénis! - estou exagerar...
 Claro que estou a brincar com a situação, há mulheres que apenas preferem outros tipos. Seria errado supor que o carro, o maquinário em si, que as excita. Os carros somente são afrodisíacos quando sugerem dinheiro, status e sucesso. “Machos, como parceiros, são valorizados pela sua riqueza e poder, pela capacidade de ajudar a criar a prole”, diz Satochi Kanazawa. “Enquanto isso, as fêmeas são valorizadas pela sua juventude e beleza. Essa dinâmica não muda há milênios.” E conclui: “Na medida em que são um sinal, os carros são apenas um indicativo rápido e confiável de nossa afluência material, do nosso status tribal”. Já no tempo dos nossos antepassados a donzelas preferiam os cavaleiros com cavalos fortes e velozes com grandes espadas o equivalente aos tipos de Ferrari actualmente.


 É também verdade segundo a psicologia que o homem por vezes precisa de um tempo sozinho – é que o homem é diferente de sua companheira. O mesmo se passava nos séculos passados quando os nobres cavaleiros precisavam das suas caçadas solitárias. Uma viagem de carro sozinho é uma das poucas atividades que deixam os homens ficarem a sós sem patologizar a solidão. Experimentem dizer aos amigos e à família que vão passar uns dias na praia sem ninguém, ou que vão sair para a floresta. A reação provavelmente será de descrença ou preocupação. Já conduzir por longas distâncias surge na literatura, como um exercício zen, uma prática de cair na hipnose massiva da estrada. Uma semana na estrada sozinho é um presente raro e fantástico a vocês mesmos. Vocês vão pensar muito. Retomar discussões com o raio das ex-namoradas e ex-esposas ex-sogras e até com aquela professora chata da primária, irão dar por vocês a falarem com o espírito do vosso avô, que partiu há anos. Depois começa a fluir novos pensamentos. Começam, por exemplo, a pensar em mudar o mundo. Nunca paramos para pensar nisto mas a comodidade é incrível. Será que aquela higiene mental através de mil quilómetros ou mais de estradas seria possível num carro eléctrico? Detesto eléctricos apesar de serem amigos do ambiente. É fácil pensar que a nossa paixão por carros morrerá com os carros eléctricos e com aquele ruído de um aparelho de cozinha - nada emocionante.

adptado;Rikardo

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